Inovação e saúde: tendências de tecnologia que estão revolucionando a saúde pelo mundo

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A era de incertezas e crises, o aumento da expectativa de vida, os impactos do dólar nos custos de investimento na saúde e uma necessidade urgente de melhoria nos serviços de saúde pública oferecidas pelo nosso país, são alguns dos motivos que nos leva à necessidade de encontrar soluções e inovar para inverter a situação.

Ao nosso lado está o avanço tecnológico. O desenvolvimento de novas técnicas e instrumentos exerce um papel fundamental na melhoria da qualidade de vida da população e no bem estar dos pacientes.

Apesar do esforço do Brasil para caminhar junto do resto do mundo na adoção dessas tecnologias, há um déficit muito grande a se dar conta. Um grande desafio para o administração da saúde.

Nesse contexto, separamos 4 inovações tecnológicas que estão revolucionando a saúde pelo mundo:

  1. Telemedicina

Em busca da melhoria da saúde da população, a telemedicina, ainda pouco difundida entre os brasileiros, já constrói um importante papel ao redor do mundo ao romper barreiras e facilitar acessos a serviços médicos.

Através de dispositivos eletrônicos, médicos ficam aptos a avaliar, diagnosticar e orientar o tratamento  de forma remota. Essa possibilidade, de atendimento com especialistas altamente capacitados, em alta velocidade e com menor custo torna a telemedicina uma opção em destaque em países que sofrem com a insuficiência de recursos na saúde pública e possuem uma grande extensão territorial, como o Brasil.

Para o paciente, reduz consideravelmente os deslocamentos para a população que reside distante dos grandes centros e , sem dúvidas, o sofrimento pela demora dos atendimentos (diante de um corpo clínico reduzido e com alto volume de atendimentos).

Com a telemedicina, laudos médicos podem ser enviados com agilidade para avaliação de exames como eletrocardiograma, espirometria, holter e  eletroencefalograma, por exemplo. Troca de informações entre instituições e discussões de casos clínicos à distância também estão entre as facilidades geradas pela telemedicina.

Nos Estados Unidos a telemedicina já é uma realidade bem mais presente. Segundo estudo de 2015 da American Telemedicine Association, 72% dos hospitais americanos possuem programas de telemedicina. Cerca de 15 milhões habitantes receberam algum cuidado médico à distância, com expectativa de que esse número aumente em 30% para o ano seguinte.

Através de serviços como o Teladoc, por exemplo, é possível que qualquer americano realize uma consulta online com médicos certificados pelo conselho americano, via aplicativo mobile. Em 2015, o número de consultas virtuais chegou a 1 milhão.

E como os pacientes recebem essa mudança? Uma pesquisa online do The Harris Poll revela que entre os principais benefícios vistos pelos pacientes da telemedicina são:

Inovação e saúde

Neste quesito, a Intensicare é pioneira no país. Em 2015, foi lançado um inovador sistema de telemedicina com foco em terapia intensiva. Sendo chave para reduzir a mortalidade e o tempo de permanência de pacientes, a UTI virtual conta com câmeras de alta resolução nos leitos onde, através de videoconferência, uma equipe médica pode dar suporte e acompanhamento às equipes locais.

Outro fator interessante dessa novidade é o big data (uma das tendências que veremos a seguir) trabalhado com a nova solução. Através do cruzamento de dados do prontuário eletrônico torna-se possível a ação preventiva da equipe médica em situações de risco.

Saiba mais sobre a telemedicina pelo nosso site

2. Home Care

Consequente das mudanças sociodemográficas e a tendência da mobilidade, o Home Care vem ganhando espaço como solução para um cuidado personalizado de saúde em residências.

O aumento expressivo da população idosa para os próximos anos já é realidade em diversos países do mundo, incluindo o Brasil, que segundo a OMS terá o número de idosos triplicado até 2050. Isso desencadeia uma necessidade ainda maior de tratamentos especiais voltados para os indivíduos com mais de 60 anos.

E esse tipo de tratamento está se tornando cada vez mais viável, com aparelhos de alta tecnologia menores e ao alcance do lar, o paciente adquire com o Home Care um maior conforto para prevenção, recuperação e tratamento de doenças.

Entre os benefícios da adoção do Home Care, segundo documento da World Health Organization (WHO), estão:

Inovação e saúde

O mesmo documento alerta sobre o envelhecimento da população europeia, a qual já está atenta à necessidade de evolução na assistência e internação domiciliar. Em 2016, foi aprovado o projeto HoCare, resultante da parceria de 8 países da União Europeia, com o objetivo de fornecer soluções inovadoras para o segmento de Home Care.

Para promover o projeto será utilizada a abordagem intitulada de “Quadruple-helix”, na qual consiste a união de esforços de cidadãos, empresas, universidades e autoridades públicas para co-criarem o futuro através do estímulo à inovação em saúde, ou em diferentes áreas. O projeto com duração de 4 anos (até 2020) é financiado pelo European Regional Development Fund.

Home Care já é algo tratado com naturalidade  por algumas empresas brasileiras, como a Viventi Home Care que realiza a implantação de uma estrutura hospitalar completa em residências, incluindo o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar que abrange desde médicos, enfermeiros e fisioterapeutas, até psicólogos e assistentes sociais.

Disponibilizar esse tipo de serviço é sinônimo de maior qualidade de vida para os pacientes e familiares. Além disso, o  Home Care influencia diretamente na diminuição dos riscos de infecções e otimização da recuperação do paciente.

3. Inteligência artificial

A história da IA começou em histórias de ficção científica. Máquinas que podem falar, pensar e até mesmo sentir.

Mas, se retiramos os mitos e as histórias ficcionais, a Inteligência artificial se resume a mais uma vertente da ciência moderna. Em suma, ela cobre tudo que se relacione com o ato de criar máquinas “inteligentes”, sejam elas físicas ou através de sistemas digitais, com o objetivo final de emular a capacidade única de raciocínio dos seres humanos.

E essa tecnologia também abre possibilidades de inovação para a área da saúde. Nos Estados Unidos, por exemplo, já existe um projeto em andamento para que seja possível personalizar planos de saúde para soldados veteranos a partir da análise e cruzamento de uma série de dados.

A parceria entre o U.S Department of Veterans Affairs  e a empresa Flow Health, especialistas no uso de inteligência artificial para personalizar decisões médicas, tem como objetivo a criação de gráficos que mostram a possibilidade de doenças futuras ao realizar uma comparação com genomas humanos. Assim, torna-se capaz a detecção e diagnóstico de forma prévia e identificação dos melhores planos de saúde, de forma customizada, para tratar a doença futura.

Outro grande nome nessa área é a IBM, gigante da tecnologia com seu Watson. O robô foi originalmente produzido para vencer o ser humano em jogos de xadrez, mostrou seu real potencial na saúde.

A tecnologia se aproveita do poderosíssimo poder de processamento de Watson e seu enorme banco de dados para funcionar como uma espécie de ferramenta de busca. Ele é capaz de guardar todo o histórico de saúde do paciente (que, segundo a IBM, pode chegar a incríveis 200 terabytes de informações durante a vida). Essa informação é então mesclada com bancos de dados de doenças de universidades, hospitais e estudos de todo o mundo, ajudando médicos a cruzar essas informações para dar o tratamento mais assertivo possível.

robôs como o Watson irão causar um enorme impacto na saúde no futuro. Calcula-se que o uso de bancos de dados como esse para gerar diagnósticos com precisão absoluta sejam responsáveis pela redução de até 20% do índice de mortalidade mundial.

4. Big data

O Big Data é caracterizado por ser um grande volume de dados destinados à análise. O mais importante, no entanto, é o que é feito com os dados obtidos. Nesse caso, a saúde consegue extrair benefícios gigantescos.

Entre eles, é possível realizar a predição em tempo real através de dispositivos móveis utilizados para o monitoramento de índices de qualidade do sono, pressão arterial, batimentos cardíacos e nível de glicose.

Os impactos do big data nos avanços dos tratamentos de câncer também são significativos. Nos Estados Unidos, a Universidade de Boston faz uso de bancos de dados espalhados pelo mundo para cruzar informações de tratamentos que funcionam melhor para determinadas situações, melhorando a eficiência das terapias.

Em Big Data, o Brasil também se destaca. O Instituto do Coração (Incor) analisa padrões de mutação do vírus HIV através de bancos de dados, possibilitando a criação de vacinas mais eficazes para cada tipo de mutação.

Já a Intensicare, como citado em tópico anterior, utiliza o big data no cruzamento de informações gerados pelo prontuário eletrônico. O investimento pesado realizado pela nossa empresa nessa tendência permite realizar análises preditivas sobre o tratamento do paciente, como o tempo ideal de permanência, planos terapêuticos cada vez mais personalizados e identificação precoce de eventos adversos em tempo hábil de evitá-los, como por exemplo infartos.

Tudo isso, corrobora para alcançarmos nosso objetivo maior, salvar 50 mil vidas/ano até 2020.

Conclusão

A influência da tecnologia em prol dos serviços de saúde inevitável e pode beneficiar tanto saúde privada quanto a pública. Investimentos pesados em inovação tecnológica são feitos ao redor do mundo para que novas soluções em saúde sejam disponibilizadas para a população. No Brasil, a perspectiva é de que empresas do ramo invistam cerca de R$17 bilhões nos próximos dois anos somente em inovação em saúde.

Além dos benefícios ao bem estar da população, as inovações tecnológicas na saúde impactam diretamente na agilidade dos serviços e nos custos da gestão hospitalar, como gastos com deslocamentos, médicos presentes na unidade e gastos internos com laboratório.

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